12 de março de 2014

Quiet.

A species in which everyone was General Patton would not succeed, any more than would a race in which everyone was Vincent van Gogh. I prefer to think that the planet needs athletes, philosophers, sex symbols, painters, scientists; it needs the warmhearted, the hardhearted, the coldhearted, and the weakhearted. It needs those who can devote their lives to studying how many droplets of water are secreted by the salivary glands of dogs under which circumstances, and it needs those who can capture the passing impression of cherry blossoms in a fourteen-syllable poem or devote twenty-five pages to the dissection of a small boy’s feelings as he lies in bed in the dark waiting for his mother to kiss him goodnight... Indeed the presence of outstanding strengths presupposes that energy needed in other areas has been channeled away from them.

- Allen Shawn - 

Foi esta a citação que Susan Cain escolheu para encabeçar o seu livro "QUIET: The Power of Introverts in a World That Can’t Stop Talking" e que, de certa forma, é uma boa síntese do mesmo. 

Sendo eu uma pessoa introvertida, tímida q.b., com uma paixão imensa pelo ser humano e pelo lado social da nossa existência, mas também com uma necessidade enorme de momentos de calma e sossego, introspecção e até mesmo algum isolamento, toda a vida lutei para que as pessoas percebessem que esta minha maneira de ser não é um defeito mas sim feitio e que não há mal nenhum em ser como sou, bem pelo contrário, A pressão social que sempre senti para mudar, para ser como o modelo ideal de pessoa que me apresentavam - extrovertida, faladora, excelente comunicadora, sempre pronta a conviver socialmente, não importa qual a circunstância ou o lugar, fez-me algumas moças no passado, provocou muitas angústias e algumas lágrimas, mais ou menos escondidas. 

Há livros que nos devolvem uma certa paz de espírito, que nos apaziguam de uma forma que já nem nos lembrávamos que precisávamos, validando uma série de coisas em nós - e sim, por vezes essa validação externa é necessária. Só gostava que me tivessem passado para as mãos um livro assim ali no início da adolescência. Nunca é tarde, no entanto. 


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