21 de agosto de 2009

Trombalazanas...

...EU?!

À beira do mar...

No lugar dos palácios desertos e em ruínas

À beira do mar,

Leiamos, sorrindo, os segredos das sinas

De quem sabe amar.

Qualquer que ele seja, o destino daqueles

Que o amor levou

Para a sombra, ou na luz se fez a sombra deles,

Qualquer fosse o voo.

Por certo eles foram mais reais e felizes.


- Álvaro de Campos -

20 de agosto de 2009

Vou aprendendo com as ondas...

Vou passar a noite com estes dias.
Com o sorriso que deixaste nos lençóis.
Ainda ardo com os restos do teu nome
e vejo com os teus olhos as coisas que tocaste.
Estou entre o pão e a mesa, no copo
que levas à boca. Na boca que me guarda.
E não sei o que sou entre ontem e o que vier.
Ontem era o rio ao entardecer, o olhar que acaricia a luz.
O meu filho escreve nos seixos da praia e eu invento
passos para os decifrar. Todos rolam para longe.
É assim o mar. Vou aprendendo com as ondas
a desfazer-me em espuma. Há sempre uma gaivota
que grita quando estou perto, sempre uma asa
entre o céu e o chão da casa. Mas nada me pertence,
nem as palavras com que cimento as horas.
Talvez o amor seja uma pequena diferença entre fusos
horários ou o acordo ortográfico que só existe
no fundo da pele. Mas aqui onde não sou
o que me funda é a certeza que existes.

- Rosa Alice Branco -

Da cor destes dias...









19 de agosto de 2009

Para sempre!

Da verdade de seres minha irmã, parte umbilical de mim mesma. Da necessidade de te proteger, mimar, aconselhar (que pretensão a minha!). Da vontade de partilhar a vida e o meu mundo contigo, cada pedacinho. Do saber que caminharemos lado a lado, até ao fim. Da certeza de te amar, daquela maneira tão e só nossa. Do desejo imenso de te ver feliz, com aquele meu/teu sorriso único iluminando-te o rosto e o olhar. Para sempre!

*M&M*

Dos favoritos...












The Big Chill ou os amigos de Alex, como para sempre os recordarei!

I thought that love would last forever...



Funeral Blues

Stop all the clocks, cut off the telephone, 
Prevent the dog from barking with a juicy bone, 
Silence the pianos and with muffled drum 
Bring out the coffin, let the mourners come. 

Let aeroplanes circle moaning overhead 
Scribbling on the sky the message He is Dead. 
Put crepe bows round the white necks of the public doves, 
Let the traffic policemen wear black cotton gloves. 

He was my North, my South, my East and West, 
My working week and my Sunday rest, 
My noon, my midnight, my talk, my song; 
I thought that love would last forever: I was wrong. 

The stars are not wanted now; put out every one, 
Pack up the moon and dismantle the sun, 
Pour away the ocean and sweep up the woods; 
For nothing now can ever come to any good. 

- W.H. Auden -