1 de dezembro de 2011



Hoje, sim, começa-se a viver o Natal por aqui. Intimamente, a minha quadra natalícia começou no domingo passado, o primeiro do calendário do Advento. Mas as demonstrações e decorações das festividades começam hoje, se tudo correr bem e conseguir tempo para montar a árvore e decorar a casa (o dia começou tarde e vai ser preenchido, por isso não me garanto ter tempo para tudo). 
Hoje começa, para mim, também, a antecipação de uma das coisas que eu mais gosto no Natal - a oportunidade de oferecer presentes àqueles que me são mais queridos e especiais. Muito mais do que receber presentes, gosto de os oferecer - e, antes disso, de os escolher e/ou fazer com carinho a pensar nas pessoas que os receberão. Gosto do processo todo, mas, acima de tudo, vibro com o momento em que as pessoas os abrem e eu posso observar as suas reacções. É tão bom quando conseguimos fazer alguém sorrir com o presente mais singelo do mundo, contudo carregadinho de amor. 
Por tudo isto, o vídeo acima, descaradamente roubado à sem-se-ver e guardado à espera deste dia, deixou-me de lágrima no olho e um sorriso de ternura e encantamento. Porque, muito mais do que qualquer outra coisa, o Natal é estarmos com aqueles que amamos e fazê-los felizes, com gestos simples, mas cheios de tudo.

27 de novembro de 2011

Fado também é poesia.

Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.

- Alexandre O'Neill -

Silêncio...








...que se vai cantar o Fado!

Ah fadistas!