22 de setembro de 2007

Porque hoje é o teu dia...

e
Muitas Felicidades!!!

Que o dia de hoje te traga apenas coisas boas e se repita por muitos e bons anos!!!
E, já agora, que eu esteja sempre presente, para te ajudar a apagar a velinha!
" Inês: o nome...

Inês é nome que se pronuncia
para instigar ou seduzir prodígios,
é senha que as sibilas balbuciam
ao decifrar enigmas cabalísticos.
É mais do que isto: códice da língua,
raiz da fala, bulbo do lirismo.
É génese da raça e do suplício,
arché do amor e substância prima.
É mais ainda: tálamo do espírito,
dessa alquimia de morrer em vida
e retornar na antítese do epílogo.
E quem disser que Inês é apenas mito
- mente. E faz dela inútil pergaminho.
E da poesia um animal sem vísceras."

- Ivan Junqueira -

Mar Adentro...

" Mar adentro, mar adentro. Y en la ingravidez del fondo donde se cumplen los sueños se juntan dos voluntades para cumplir un deseo. Un beso enciende la vida con un relámpago y un trueno, y en una metamorfosis mi cuerpo no es ya mi cuerpo, es como penetrar al centro del universo. El abrazo más pueril y el más puro de los besos hasta vernos reducidos en un único deseo. Tu mirada y mi mirada como un eco repitiendo, sin palabras, 'más adentro', 'más adentro' hasta el más allá del todo por la sangre y por los huesos. Pero me despierto siempre y siempre quiero estar muerto, para seguir con mi boca enredada en tus cabellos. "

- Ramón Sampedro -

(Para a Vivi...por ligar e desligar a minha memória cinéfila e you know why!)

21 de setembro de 2007

Reservas da Biosfera

Vista da Ilha da Graciosa


Lagoa do Caldeirão - Corvo

As ilhas do Corvo e da Graciosa, nos Açores, foram classificadas pela UNESCO como Reservas da Biosfera - esta classificação tem como principal função a defesa e protecção da biodiversidade, o desenvolvimento sustentado e o conhecimento científico.









18 de setembro de 2007

Gastámos tudo menos o silêncio...

Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certezade que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

- Eugénio de Andrade -

17 de setembro de 2007

Trastevere = Saudade

in Roma de Fellini - de Federico Fellini (com Gore Vidal)

Almoço de família...

in Amarcord - de Federico Fellini -

Emmys 2007

A noite de ontem pertenceu mesmo ao grupo de mafiosos mais genial de sempre!

Mas os outros não sentirão assim também?

Na Casa Defronte

Na casa defronte de mim e dos meus sonhos,
Que felicidade há sempre!

Moram ali pessoas que desconheço, que já vi mas não vi.
São felizes, porque não sou eu.

As crianças, que brincam às sacadas altas,
Vivem entre vasos de flores,
Sem dúvida, eternamente.

As vozes, que sobem do interior do doméstico,
Cantam sempre, sem dúvida.
Sim, devem cantar.

Quando há festa cá fora, há festa lá dentro.
Assim tem que ser onde tudo se ajusta —
O homem à Natureza, porque a cidade é Natureza.

Que grande felicidade não ser eu!

Mas os outros não sentirão assim também?
Quais outros? Não há outros.
O que os outros sentem é uma casa com a janela fechada,
Ou, quando se abre,
É para as crianças brincarem na varanda de grades,
Entre os vasos de flores que nunca vi quais eram.

Os outros nunca sentem
Quem sente somos nós,
Sim, todos nós,
Até eu, que neste momento já não estou sentindo nada.

Nada! Não sei...
Um nada que dói ...

- Álvaro de Campos -

16 de setembro de 2007

Levantar cedo...


Isto de levantar com as galinhas, num Domingo, depois de passar uma noite a pé, a fazer nem sei bem o quê, não dá com nada!!!
Se a isto juntarmos uma ida matinal ao shopping, com mamãe, para comprar também nem sei bem o quê, ficamos com aquilo que não deve ser um Domingo decente... mas pronto, fui compensada com um bom almoço e a companhia também esteve agradável!