21 de maio de 2008

Andiamo a prendere un gelato?

Della Palma - Via della Madalena, 20 Roma

Será que o Raffaello Houdini ainda serve gelados na Della Palma?!

Roma...


Via Condotti e Piazza di Spagna*

Che cos'è Roma? A che penso quando penso alla parola Roma? Me lo sono spesso domandato.
E più o meno lo so. Penso a un faccione rossastro che assomiglia a Sordi, Fabrizi, la Mangano.
Un'espressione resa pesante e pensierosa da esigenze gastro-sessuali.
Penso a un terreno bruno, melmoso, a un cielo ampio, fasciato, da fondale dell'opera, con colori viola, neri, argento, colori funerei. Ma tutto sommato è un volto confortante.
Conforta perchè Roma è una città orizzontale, di acqua e di terra, sdraiata, ed è quindi la piattaforma ideale per dei voli fantastici. Gli intellettuali, gli artisti, che vivono sempre in una stato di frizione fra due dimensione diverse - la realtà e la fantasia - trovano qui la spinta adatta e liberatoria alla loro attività mentale: con il confronto di un cordone ombelicale che li tiene saldamente attaccati alla concretezza.
Giacchè Roma è una madre, ed è la madre ideale perchè indifferente. È una madre che ha troppi figli, e quindi non può dedicarse a te, non ti chieda nulla, non si aspetta niente.
Ti accoglie quando vieni, ti lascia andare quando vai, come il tribunale di Kafka. In questo c'è una saggezza antichissima; africana quasi; preistorica.
Sappiamo che Roma è una città carica di storia, ma la sua suggestione sta proprio in un che di preistorico, di primordiale, che appare netto in certe sue prospettive sconfinate e desolate, in certi ruderi che sembrano reperti fossili, ossei, come scheletri di mammuth...

- Federico Fellini -

* do livro ROMA in bianco e nero, de Claudio Corrivetti.

Para a Sara...*

18 de maio de 2008

Mas é isto o amor...

Pedro & Inês - Olga Roriz

Pedro lembrando Inês

Em quem pensar, agora, senão em ti? Tu, que
me esvaziaste de coisas incertas, e trouxeste a
manhã da minha noite. É verdade que te podia
dizer: "Como é mais fácil deixar que as coisas
não mudem, sermos o que sempre fomos, mudarmos
apenas dentro de nós próprios? "Mas ensinaste-me
a sermos dois; e a ser contigo aquilo que sou,
até sermos um apenas no amor que nos une,
contra a solidão que nos divide. Mas é isto o amor:
ver-te mesmo quando te não vejo, ouvir a tua
voz que abre as fontes de todos os rios, mesmo
esse que mal corria quando por ele passámos,
subindo a margem em que descobri o sentido
de irmos contra o tempo, para ganhar o tempo
que o tempo nos rouba. Como gosto, meu amor,
de chegar antes de ti para te ver chegar: com
a surpresa dos teus cabelos, e o teu rosto de água
fresca que eu bebo, com esta sede que não passa. Tu:
a primavera luminosa da minha expectativa,
a mais certa certeza de que gosto de ti, como
gostas de mim, até ao fundo do mundo que me deste.

- Nuno Júdice -

Saudades...


- Debaixo dos caracóis dos seus cabelos, Caetano Veloso -

Uma vez, devia ter para aí uns 5 ou 6 anos, ao ouvir esta canção durante uma viagem de carro com os meus pais, disse com um aperto no peito que esta canção me fazia chorar...

Anos mais tarde, viria a saber que a mesma tinha sido composta por Roberto Carlos e Erasmo Carlos em jeito de homenagem para o Caetano Veloso, depois do primeiro ter visitado Cê, durante o exílio deste em Londres,na época da ditadura militar que se vivia no Brasil.

Ainda hoje, ao ouvi-la, não consigo deixar de sentir o mesmo aperto no peito que sentia em criança.