...por tudo, por nada e yada, yada, yada!
13 de março de 2010
11 de março de 2010
Charm has never been a priority with me...
...and just so you know, this is not the feel good movie of the year. So if you're one of those idiots who needs to feel good, go get yourself a foot massage. - Boris Yellnikoff, in Whatever Works.
Ou, como já lhe chamaram, um excelente regresso do Vintage Woody Allen!
Exercício terapêutico,3
O som dos espanta-espíritos. O barulho do mar a rebentar na areia. Salmão grelhado com bastante limão. Ler na praia, quando já todos foram embora. Coleccionar postais. Escrever cartas. Papel de carta. Canetas de tinta permanente. Carimbos e lacres. Papelarias. Perder-me horas na "La Chiave" e querer comprar tudo. O meu (nosso) quarto em Roma. A Via Luigi Ceci. As cores e sons do Porta Portese. Os gelados da Della Palma e todas as recordações que daí advêm. Os gelados que comi na minha infância, aos três e quatro por tarde, com a cumplicidade do avô C., que não contava nada a ninguém. Os dias de praia com todos, que começam bem cedo, em casa, com os preparativos do farnel. As idas a Alcañices e a Zamora fazer compras. As alpercatas de todas as cores compradas no Manolo. Os casaquinhos, as blusas e os cachecóis feitos pela avó A. . As guitarradas com o tio A. e os primos. O alpendre da casa de V. . Os almoços e jantaradas. As festas de Verão, os bailaricos, o Campo e a Senhora do Caminho. Neve. Sentir os flocos de neve desfazerem-se no rosto. Esquiar. O nevão na Sanabria e o cachecol do JM que nunca mais apareceu. Viajar de carro com os meus pais. Ouvir rádio no carro. Cantar a quatro, dentro do carro e a plenos pulmões, a "Barcelona", do Mercury e da Caballé. Percorrer a ex-RDA pouco depois da queda do Muro. Andar de canivate na mão, com o meu irmão, a tentar partir lascas do Muro para trazer como recordação. Jantarmos soberbamente em Marselha e ouvir o meu pai dizer "um dia não são dias", feliz da vida. As viagens e os passeios com o P. A minha chegada ao Funchal. As gargalhadas e a boa-disposição contagiante da P. Peixe-espada preto grelhado. Bolo do Caco. A humidade quente que se cola na pele. Ginger Ale gelado. Guaraná. A feijoada da V. e a da minha mãe. A casa de S. O arroz de frango em forno de lenha da avó C. . Jogar canastra com a V. e a galera. Os fim-de-semana em casa dos F. . Artesanato. Tradições populares. Exposições e museus. Ver exposições com a minha mãe. Aguentar horas na fila para o Museu do Vaticano com a S., por ser de graça no último domingo de cada mês. Serralves em Festa, o museu, os jardins, a Casa e a Casa da Quinta. Os bairros de Lisboa em noite de Santo António. Campo de Ourique e o Jardim da Estrela. O Chiado. Festas de aniversário de crianças. Gelatina com molho quente de baunilha. As festas do Colégio. Os musicais e as peças de teatro. Glühwein. Raquelette e schnapps. Honigkuchen. Calendários de Advento com chocolate. Weihnachtsplätzchen na cozinha do Colégio com o Herr K. . Os beijinhos da Senhora A. . Os Clérigos. A Cordoaria. A fachada, a escadaria e os tectos da Lello. Cedofeita. A Botónia e a Casa Rocha. Os Armazéns Marques Soares. As calças da Cenoura e os pullovers da Benetton. As sandálias douradas iguais às da R. compradas na Teresinha. As botas com o Snoopy e atacadores vermelhos. O Snoopy e os Peanuts. A Turma da Mônica. A Rua Sésamo. As novelas da Globo e o Pantanal. As tardes a costurar com a M. e com a avó A. . Mesas de camilha. Máquinas de escrever. Iogurtes caseiros. As Piadinhas da Tia B. . Subir o Marão. As praias de Ofir. Dias longos e preguiçosos de férias. Água fresca. A piscina só para mim. Sessões fotográficas com a minha irmã. A algazarra feliz das vozes que me são familiares e queridas. Dias serenos.
Estou bastante melhor, fisicamente, e os ataques de afonia passaram por completo. Agora há que tratar da alma, tarefa sempre bem mais complicada. Continuo em terapia, pois, como diz o ditado, "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura" ou "quem espera sempre alcança" ou "devagar se vai ao longe".
Dizem que a felicidade é o caminho e que este se faz caminhando...eu (ainda) acredito, apesar de tudo.
Estou bastante melhor, fisicamente, e os ataques de afonia passaram por completo. Agora há que tratar da alma, tarefa sempre bem mais complicada. Continuo em terapia, pois, como diz o ditado, "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura" ou "quem espera sempre alcança" ou "devagar se vai ao longe".
Dizem que a felicidade é o caminho e que este se faz caminhando...eu (ainda) acredito, apesar de tudo.
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