9 de fevereiro de 2008
Mais longe do que a vida nos permite...
Soneto Mudo
Há o silêncio, às vezes, entre nós,
e é um silêncio denso, ou uma fala
críptica, uma linguagem que abdica
do som, para ser só a voz da alma...
Há súbitas catarses de palavras
em torrente, cachoeiras de espuma
efervescente, ou talvez a timidez
dos gestos reprimidos ou repressos.
Há os olhos que dizem sem dizer,
há o fluido subtil de quem se entende
mais longe do que a vida nos permite.
E há a confiança na ausência,
há segredos sabidos sem saber,
manhãs comuns em cada amanhecer.
- Rui Polónio Sampaio -
Há o silêncio, às vezes, entre nós,
e é um silêncio denso, ou uma fala
críptica, uma linguagem que abdica
do som, para ser só a voz da alma...
Há súbitas catarses de palavras
em torrente, cachoeiras de espuma
efervescente, ou talvez a timidez
dos gestos reprimidos ou repressos.
Há os olhos que dizem sem dizer,
há o fluido subtil de quem se entende
mais longe do que a vida nos permite.
E há a confiança na ausência,
há segredos sabidos sem saber,
manhãs comuns em cada amanhecer.
- Rui Polónio Sampaio -
Subscrever:
Mensagens (Atom)