20 de junho de 2009
19 de junho de 2009
18 de junho de 2009
How I miss those days...
When I met you, you were so unique
Had a little thing I'd love to keep
Every movement carried so much mystique
I knew right then I'd carry on, to you I knew my heart belonged
You, you give me something
Something that nobody else can give
17 de junho de 2009
16 de junho de 2009
Dizem que não vale a pena chorar sobre...
15 de junho de 2009
A benção, Madrinha.
Samba de Maria Luiza - Tom Jobim
* Porque para ti sempre fui Minhoca e tu para mim serás sempre Madrinha, como se esses fossem os nossos nomes próprios num mundo paralelo de afectos e cumplicidades; porque sabes que trago em mim muito de ti e porque, apesar de todas as distâncias, é também no teu rosto que me reencontro diariamente...
Toda a gente sabe que a noite é longa...
Não há motivo para te importunar a meio da noite,
como não há leite no frigorífico, nem um limite
traçado para a solidão doméstica.
Tudo desaparece. Nada desaparece. Tudo desaparece
antes de ser dito e tu queres dormir descansada. Tens
direito a um subsídio de paz.
Se eu escrever um poema, esse não é motivo para te
importunar. Eu escrevo muitos poemas e tu trabalhas
de manhã cedo.
Toda a gente sabe que a noite é longa. Não tenho o
o direito de telefonar para te dizer isso, apesar dessa
evidência me matar agora.
E morro, mas não morro. Se morresse, perguntavas:
porque não me telefonaste? Se telefonasse, perguntavas:
sabes que horas são?
Ou não atendias. E eu ficava aqui. Com a noite ainda
mais comprida, com a insónia, com as palavras
a despegarem-se dos pesadelos.
- José Luis Peixoto -
Quem sou?
Quem me roubou quem nunca fui e a vida?
Quem, de dentro de mim, é que a roubou?
Quem ao ser que conheço por quem sou
Me trouxe, em estratagemas de descida?
Onde me encontro nada me convida.
Onde me eu trouxe nada me chamou.
Desperto: este lugar em que me estou,
Se é abismo ou cume, onde estão vinda ou ida?
Quem, quando por mim meus passos dados,
Entre sonhos e errores que me deu
À súbita visão dos mudos fados?
Quem sou, que assim me caminhei sem ser,
Quem são, que assim me deram aos bocados
À reunião em que acordo e não sou meu?
- Fernando Pessoa -