Berlim - Julho de 2010
A Helena, uma das vozes mais originais e cativantes da blogosfera portuguesa e arredores, tem vindo a presentear-nos com uma série magnífica de posts dedicados ao cinquentenário sobre a construção do Muro de Berlim. Vale a pena ir lá espreitar e ler com atenção, observar as imagens com cuidado e parar um pouco para reflectir - e há tanto sobre o que reflectir neste momento no mundo, sobre estes 50 anos e sobre o futuro de todos nós.
Eu cresci a ouvir falar do Muro, a ver imagens do Muro, a ouvir histórias e relatos de testemunhos de pessoas cujas vidas tinham sido directa ou indirectamente afectadas devido à sua construção. Aos nove anos, aquando da queda do Muro, tinha uma noção bastante aprofundada, não apenas da sua existência mas, acima de tudo, do seu significado. O dia 9 de Novembro de 1989 ficará para sempre na minha memória como um dos dias mais felizes da minha vida - há sorrisos e abraços que não se esquecem jamais.
A nível mais pessoal, o dia 13 de Agosto é um marco doloroso no nosso calendário familiar. Se há muros físicos que cortam vidas, cidades, países e povos ao meio, há barreiras de dor, invisíveis a olho nu, capazes de deixar marcas eternas no seio de uma família.