Hoje entendo bem meu pai. Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livro ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece, para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como imaginamos e não simplesmente como ele é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver... Il faut aller voir - é preciso ir ver! É preciso questionar o que se aprendeu. É preciso ir tocá-lo.
- Mar sem fim: 360º ao redor da Antártica, de Amyr Klink -
E estes dois já estão a cantar, lado a lado e de sorriso bem aberto: Se alguém perguntar por mim Diz que fui por aí Levando um violão em baixo do braço Em qualquer esquina, eu paro, em qualquer botequim Eu entro, e se houver motivo É mais um samba que eu faço Se quiserem saber se volto, diga que sim Mas só depois que a saudade se afastar de mim