...or treat ?
31 de outubro de 2009
De palcos e estreias...
Tiraste a velha máscara que um dia
Puseram no teu rosto sem aviso.
E mesmo sendo à tua revelia,
Tomaste como teus o choro e o riso.
Dançaste nesse falso paraíso,
No qual todo um cenário te cobria.
Fizeram do teu sonho algo impreciso,
E até do teu sorriso alegoria.
Caído o pano agora, recomeça
O teu próprio espetáculo, sem pressa
Ou vício ou medo. E para que não falhes,
Terás o teu caminho sem atalhos,
As roupas costuradas com detalhes,
A vida toda cheia de retalhos.
- Henrique Rodrigues -
Vigílias
Quando aqui não estás
o que nos rodeou põe-se a morrer
a janela que abre para o mar
continua fechada só nos sonhos
me ergo
abro-a
deixo a frescura e a força da manhã
escorrem pelos dedos prisioneiros
da tristeza
acordo
para a cegante claridade das ondas
um rosto desenvolve-se nítido
além
rasando o sal da imensa ausência
uma voz
quero morrer
com uma overdose de beleza
e num sussurro o corpo apaziguado
perscruta esse coração
esse
solitário caçador
o que nos rodeou põe-se a morrer
a janela que abre para o mar
continua fechada só nos sonhos
me ergo
abro-a
deixo a frescura e a força da manhã
escorrem pelos dedos prisioneiros
da tristeza
acordo
para a cegante claridade das ondas
um rosto desenvolve-se nítido
além
rasando o sal da imensa ausência
uma voz
quero morrer
com uma overdose de beleza
e num sussurro o corpo apaziguado
perscruta esse coração
esse
solitário caçador
- Al Berto -
27 de outubro de 2009
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