Será sempre o meu bebé pantomineiro.
Desde que nasceu que ri com a mesma facilidade com que chora e cedo nos apercebemos que era completamente diferente do irmão. Para ele a vida é um desafio constante, é destemido, mas já vai conhecendo os seus limites e é das criaturas mais desbocadas que eu conheço!
Foi buscar à madrinha, sobretudo, a paixão e o vício do cafézinho, para além de uma série de outras benções... é um artista, em toda a acepção da palavra.
Possui um olhar atento e perspicaz sobre tudo o que o rodeia, gosta de debates acessos e inteligentes e argumenta como ninguém. Discute política, economia, as playlists da MTV e filatelismo, se for preciso, mesmo não percebendo patavina do assunto.
É de raciocínio rápido e está sempre em cima dos acontecimentos, mesmo que a preguiçar deitado no sofá. Acha que a Filosofia não passa de senso comum, por isso não é preciso estudar e é capaz de enfrentar um teste sem ter aberto um único livro. Mas lá se vai safando, o safado!
Era o desterro das aulas de Religião e Moral e o auto-intitulado ateu ganhou finalmente a liberdade este ano, ao enfrentar o ensino público e laico.
Desde pequeno que me faz rir à gargalhada e é sempre uma óptima companhia e um grande compincha. Tem um humor inteligente e refinado, como o irmão aliás, embora ligeiramente diferentes e é capaz de encher e iluminar uma sala apenas com a sua presença.
Está tão crescido, que a barba já começa a picar naquela carinha de puto reguila!
Quer ser arquitecto e eu sei que o será, se assim realmente o desejar, ou outra coisa qualquer, caso venha a mudar de ideias. Capacidades tem de sobra! A priminha mais velha estará sempre por perto para o ver crescer, puxar as orelhas quando for preciso e elogiar sempre que for o caso, sem nunca deixar de ter um enorme orgulho neste seu mais que tudo.
Ah!, e faz umas óptimas massagens quando está bem-disposto e para aí virado!