30 de outubro de 2010

Sis


Talvez o tempo dos ponteiros do relógio marque o compasso da vida,
mas é através dos teus olhos que me guio e é no teu olhar que
vejo adiada a minha própria morte.

Festa.

Tinha estendido minha orfandade
sobre a mesa, como um mapa.
Desenhei o itinerário
até meu lugar ao vento.
Os que chegam não me encontram.
Os que espero não existem.

E tinha bebido licores furiosos
para transmutar os rostos
num anjo, em copos vazios.

- Alejandra Pizarnik, tradução daqui -

28 de outubro de 2010

Quando não se pode arrumar a alma...

...vai-se dando um jeito na matéria, abrindo janelas para arejar e sacudindo a poeira, à espera do momento em que seja possível dar a volta por cima.