Barrigada de Gummibärchen ao som das músicas do High School Musical e da Xuxa... ilarilariê, oh, oh, oh!!!
1 de dezembro de 2007
Bolacha Maria (2)
Barrigada de Gummibärchen ao som das músicas do High School Musical e da Xuxa... ilarilariê, oh, oh, oh!!!
30 de novembro de 2007
Envelheces sem querer...
Os dias de glória
Envelheces tanto de cada vez que o dia termina
e olhas para trás. Tens medo do começo do fim,
das tardes de domingo; um dia, distraído, tens medo
do sexo, da amabilidade e da noite, e dos rostos
que foram belos – e não são mais. Envelheces muito
quando o mundo contraria as pequenas coisas,
sentes esse cansaço, nada a fazer.
Mesmo da poesia, que iluminava o tempo, vais
colhendo apenas a amargura; os outros procuram nela
sinais de um destino, datas curiosas, zangas, ventanias,
armadilhas, mas tu sabes – e só tu sabes –
que a tua vida é a tua vida e que o poema
é empurrado por outro sopro, por um reflexo,
um medo brutal, pela memória dos que morreram
e levaram uma parte de ti, um pouco do que havia
de comum entre ti e a vida, esse desperdício – às vezes –,
esses momentos de glória em dias felizes.
Envelheces com os ossos que envelhecem. Envelheces
sem querer. Por ti serias eternamente jovem, adolescente,
e percorrerias as estradas das serras, as florestas,
não para viveres sempre, mas para estares vivo
mais um instante, porque o espectáculo é belo
uma vez por outra. Envelheces pouco a pouco,
porque as coisas não são o que foram nem são o que são.
- Francisco José Viegas -
Envelheces tanto de cada vez que o dia termina
e olhas para trás. Tens medo do começo do fim,
das tardes de domingo; um dia, distraído, tens medo
do sexo, da amabilidade e da noite, e dos rostos
que foram belos – e não são mais. Envelheces muito
quando o mundo contraria as pequenas coisas,
sentes esse cansaço, nada a fazer.
Mesmo da poesia, que iluminava o tempo, vais
colhendo apenas a amargura; os outros procuram nela
sinais de um destino, datas curiosas, zangas, ventanias,
armadilhas, mas tu sabes – e só tu sabes –
que a tua vida é a tua vida e que o poema
é empurrado por outro sopro, por um reflexo,
um medo brutal, pela memória dos que morreram
e levaram uma parte de ti, um pouco do que havia
de comum entre ti e a vida, esse desperdício – às vezes –,
esses momentos de glória em dias felizes.
Envelheces com os ossos que envelhecem. Envelheces
sem querer. Por ti serias eternamente jovem, adolescente,
e percorrerias as estradas das serras, as florestas,
não para viveres sempre, mas para estares vivo
mais um instante, porque o espectáculo é belo
uma vez por outra. Envelheces pouco a pouco,
porque as coisas não são o que foram nem são o que são.
- Francisco José Viegas -
28 de novembro de 2007
27 de novembro de 2007
Cinememória (2)
De há uns tempos para cá, ando com dois filmes na cabeça - o Otto e mezzo (8 1/2), de Fellini e o Non ti muovere, de Sergio Casttellito... revejo, mentalmente, várias cenas ao longo do dia e os seus personagens povoam os meus sonhos, durante a noite.
Pouco terão em comum, a não ser talvez o facto de ambos serem filmes italianos, realizados por dois italianos ou ainda o facto de me terem marcado muito, cada um à sua maneira.
Quando vi o Otto e mezzo pela primeira vez, devia ter uns nove ou dez anos. Lembro-me de o ter visto num sábado à noite, na RTP2, com o meu avô. Lembro-me, também, de ter ficado completamente fascinada com o filme e, ao mesmo tempo, com aquela sensação de que não o tinha compreendido na sua totalidade...
Voltei a vê-lo anos mais tarde, também na RTP2, acho que ainda antes de completar 18 anos. Desta vez, o fascínio que havia sentido enquanto criança, foi recuperado e ampliado pelo facto de ter percebido o filme - trata-se, a meu ver, da mais bela declaração de amor à Sétima Arte, assim como um tributo à alma do Artista! Desde então, já o voltei a ver por diversas vezes e o encantamento inicial nunca se perdeu...(nem vou falar da minha paixão pelo Mastroiani, porque senão nunca mais saía daqui!).
O Non ti muovere vi-o em Roma, com a Lili, numa 4ª feira à tarde, depois de termos visto uma entrevista com a Penélope Cruz e o Sergio Casttellito na RaiUno que nos deixou com uma vontade imensa de ir ao cinema.
Saímos de lá com a sensação de termos levado com um murro no estômago e infinitamente mais ricas (apesar do preço dos bilhetes não condizer com o nosso controlado orçamento de estudantes Erasmus!). Lembro-me de termos falado imenso sobre o filme, sobretudo do desempenho notável de uma irreconhecível Penélope...
Nunca mais voltei a vê-lo, apesar de este nunca me ter saído da cabeça - sei, porém, que está disponível nos circuítos nacionais de aluguer. Talvez um dia destes ganhe coragem para o rever!
Pouco terão em comum, a não ser talvez o facto de ambos serem filmes italianos, realizados por dois italianos ou ainda o facto de me terem marcado muito, cada um à sua maneira.
Quando vi o Otto e mezzo pela primeira vez, devia ter uns nove ou dez anos. Lembro-me de o ter visto num sábado à noite, na RTP2, com o meu avô. Lembro-me, também, de ter ficado completamente fascinada com o filme e, ao mesmo tempo, com aquela sensação de que não o tinha compreendido na sua totalidade...
Voltei a vê-lo anos mais tarde, também na RTP2, acho que ainda antes de completar 18 anos. Desta vez, o fascínio que havia sentido enquanto criança, foi recuperado e ampliado pelo facto de ter percebido o filme - trata-se, a meu ver, da mais bela declaração de amor à Sétima Arte, assim como um tributo à alma do Artista! Desde então, já o voltei a ver por diversas vezes e o encantamento inicial nunca se perdeu...(nem vou falar da minha paixão pelo Mastroiani, porque senão nunca mais saía daqui!).
O Non ti muovere vi-o em Roma, com a Lili, numa 4ª feira à tarde, depois de termos visto uma entrevista com a Penélope Cruz e o Sergio Casttellito na RaiUno que nos deixou com uma vontade imensa de ir ao cinema.
Saímos de lá com a sensação de termos levado com um murro no estômago e infinitamente mais ricas (apesar do preço dos bilhetes não condizer com o nosso controlado orçamento de estudantes Erasmus!). Lembro-me de termos falado imenso sobre o filme, sobretudo do desempenho notável de uma irreconhecível Penélope...
Nunca mais voltei a vê-lo, apesar de este nunca me ter saído da cabeça - sei, porém, que está disponível nos circuítos nacionais de aluguer. Talvez um dia destes ganhe coragem para o rever!
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