22 de janeiro de 2014
20 de janeiro de 2014
Há dias em que aquela minha voz interior não se cala com um (irritante) Percebeste? Ou queres que te faça um desenho?!
Estes senhores resolveram fazer o trabalho por ela. Eu agradeço. E sim, já percebi. Juro!
(Querida voz interior, dá para agora me deixares dormir descansada mais amiúde? Corro o sério risco de me estar a assemelhar ao Gaspar e não, não me estou a referir ao meu cão.)
*
A rua até ao campo está coberta com o manto branco que tanto gostavas, as japoneiras não podiam estar mais bonitas e a Angelina continua com a tradição de fazer autênticos banquetes com as pétalas, ramos, folhas, terra e musgo que vai colhendo por todo o jardim. Ela tem uma perdição pelas tuas camélias, chamas-lhes rosas brancas sempre que não se lembra do nome e diz que são as tuas flores.
Eu continuo a trazer-te comigo e a espalhar um bocadinho de ti pela casa toda. Ajuda a aliviar as saudades e bem sei que gostas de ver as jarras enfeitadas - ensinaste-me bem, todos dizem que herdei a tua atenção e o teu amor aos detalhes.
Parabéns, avó. Continuas em todos nós e fazes cada vez mais falta.
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