1 a 3 - Covent Garden Markets
4 - Carnaby Street, Soho
5 e 6 - Leicester Square, Soho
7 - M&M's World, Soho
8 - Piccadilly Circus, Soho
9 - Regent Street, Soho
Ir a Londres em plena quadra natalícia é um bónus que nos deixou ainda mais entusiasmadas. A cidade ganha uma magia incrível, as ruas ficam mais bonitas e há um colorido de luzes, sacos de compras a bambolear em mãos de gentes mais ou menos apressadas, montras primorosamente decoradas e um espírito festivo, de comunhão e de alegria como não temos sentido no nosso país. Pelo menos não nos últimos anos.
Quase todas as ruas estavam engalanadas, havia pequenos mercados natalícios e feiras com carrosséis, bancas com as mais diversas iguarias, bebidas mais ou menos quentes, ao gosto variado de quem ia passando, em quase todas as praças. Nas ruas mais movimentadas e com maior comércio, como é o caso da Regent Street e toda a zona envolvente, sentia-se um frenesim que nos envolvia por completo. Mesmo quem não estava ali para fazer compras, como era o nosso caso, não ficáva indiferente à excitação palpável e aos sorrisos. Não sendo o Natal apenas sinónimo de presentes, era inegável a alegria contagiante de quem andáva à procura do presente certo para oferecer aos seus. Essa felicidade era visível e contrastáva não apenas com o clima cinzento que se fazia sentir em terras de Sua Majestade como, acima de tudo, com o ar sombrio e cabisbaixo das nossas gentes aqui em Portugal. Um contraste que mexeu muito connosco e nos fez desejar apenas melhores dias para todos nós como presente no sapatinho.
A cidade está repleta de turistas em qualquer época do ano, no entanto, havia uma amálgama de gente diferente pelas ruas, com imensas pessoas às compras e a deliciarem-se com as luzes e os mais variados eventos alusivos à quadra, não apenas estrangeiros mas também ingleses de outras zonas do país que aproveitavam para ali fazer as suas compras de Natal e desfrutar de tudo o que Londres tem para oferecer por aqueles dias. Nós andámos o tempo todo pela cidade como duas crianças numa loja de brinquedos, literalmente em vésperas de Natal. Concordámos que tudo tinha um brilho especial e aqueles dias conseguiram resgatar em nós um pouco do espírito natalício que temos vindo a perder, pelos mais diversos motivos. Acordámos a criança que ainda há em nós e permitimo-nos viver aquele momento como se estivéssemos a ver tudo pela primeira vez, numa excitação pueril que nos comoveu.
Fomos a Covent Garden e perdemo-nos pelos seus mercados, ouvindo a orquestra que tocáva ao centro, tornando todo o ambiente ainda mais acolhedor - não há nada como uma boa música tocado ao vivo. Deliciámo-nos com cada pormenor, ficámos com pena de não irmos mais endinheiradas para nos podermos sentar num dos muitos restaurantes ou fazer uma ou outra compra (perdíamos facilmente a cabeça na lojinha de brinquedos ou na outra cheia de objectos de inspiração náutica, só assim a título de exemplo). À hora de almoço, seguimos o cheirinho das beef pies with mashed potatoes, pedimos uma caixinha para levar e fomos procurar um sítio abrigado da chuva onde pudéssemos almoçar sossegadas e sentadas, de preferência. Assim descobrimos, à conta de tanto deambular à volta dos mercados, mais umas quantas ruas encantadoras e lá conseguimos saborear a nossa tarte descansadinhas e sentadas nuns degraus - um piquenique improvisado que nos soube pela vida, provando que não precisamos de muito para sermos genuinamente felizes.
No Soho, um dos mais boémios, liberais, plurais e empolgantes bairros da cidade, poderíamos passar horas, senão mesmo dias inteiros. Já não sei onde li a frase-slogan seja lá o que procura, encontrará no Soho, mas parece-me ser um bom resumo do que se pode esperar daquele recanto londrino. Restaurantes, bares, discotecas, pubs, padarias, confeitarias, lojas mais ou menos alternativas, teatros, casinos, bancas de fruta e produtos orgânicos - ali há de tudo um pouco para os mais variados gostos e carteiras. Durante o dia, as ruas têm um ambiente descontraído e ecléctico, com pessoas às compras, a almoçar, a tomar um cappuccino ou a saborear um happy hour num dos muitos estabelecimentos que há à disposição, tornando a escolha um jogo de sorte ou de conhecimento comprovado. À noite, diversas tribos urbanas convivem alegremente em restaurantes apinhados, filas de espera nos bares mais badalados ou em deambulações animadas pelas ruas. A Chinatown é também um ponto de paragem obrigatório para quem gostar de (bons) sabores asiáticos, transportando-nos imediatamente para paragens mais longínquas e relembrando-nos a cada passo que estamos numa das capitais mais cosmopolitas do mundo.
Um dos momentos de pura alegria que vivemos foi a ida à M&M's World, a mega loja dos amendoins achocolatados mais famosos do mundo e uma das pouquíssimas lojas onde nos permitimos entrar. Quem nos conhece, sabe da nossa paixão por estes coloridos amendoins, não apenas porque gostamos mesmo muito de os comer, mas também porque fazem um pouco parte da história da nossa amizade. Como boas homónimas que somos, Marianas de alma e coração, passamos a ser conhecidas como as M&M entre familiares e amigos - uma dupla imbatível que percorreu os quatro andares da meca londrina dos amendoins como se aquilo fosse a última coca-cola do deserto, fingindo ser outra vez pequeninas e tentando conter a gula perante milhares de amendoins de todas as cores possíveis e imaginárias.
Se a ida a Londres não tivesse servido para mais nada, tínhamos regressado de lá com a certeza de termos sorrido mais naqueles curtíssimos dias e dado as mais sonoras gargalhadas dos últimos anos. Só por isso já teria valido a pena. Isso e a convicção de que um pouquinho de ridículo nunca fez mal a ninguém.
Quase todas as ruas estavam engalanadas, havia pequenos mercados natalícios e feiras com carrosséis, bancas com as mais diversas iguarias, bebidas mais ou menos quentes, ao gosto variado de quem ia passando, em quase todas as praças. Nas ruas mais movimentadas e com maior comércio, como é o caso da Regent Street e toda a zona envolvente, sentia-se um frenesim que nos envolvia por completo. Mesmo quem não estava ali para fazer compras, como era o nosso caso, não ficáva indiferente à excitação palpável e aos sorrisos. Não sendo o Natal apenas sinónimo de presentes, era inegável a alegria contagiante de quem andáva à procura do presente certo para oferecer aos seus. Essa felicidade era visível e contrastáva não apenas com o clima cinzento que se fazia sentir em terras de Sua Majestade como, acima de tudo, com o ar sombrio e cabisbaixo das nossas gentes aqui em Portugal. Um contraste que mexeu muito connosco e nos fez desejar apenas melhores dias para todos nós como presente no sapatinho.
A cidade está repleta de turistas em qualquer época do ano, no entanto, havia uma amálgama de gente diferente pelas ruas, com imensas pessoas às compras e a deliciarem-se com as luzes e os mais variados eventos alusivos à quadra, não apenas estrangeiros mas também ingleses de outras zonas do país que aproveitavam para ali fazer as suas compras de Natal e desfrutar de tudo o que Londres tem para oferecer por aqueles dias. Nós andámos o tempo todo pela cidade como duas crianças numa loja de brinquedos, literalmente em vésperas de Natal. Concordámos que tudo tinha um brilho especial e aqueles dias conseguiram resgatar em nós um pouco do espírito natalício que temos vindo a perder, pelos mais diversos motivos. Acordámos a criança que ainda há em nós e permitimo-nos viver aquele momento como se estivéssemos a ver tudo pela primeira vez, numa excitação pueril que nos comoveu.
Fomos a Covent Garden e perdemo-nos pelos seus mercados, ouvindo a orquestra que tocáva ao centro, tornando todo o ambiente ainda mais acolhedor - não há nada como uma boa música tocado ao vivo. Deliciámo-nos com cada pormenor, ficámos com pena de não irmos mais endinheiradas para nos podermos sentar num dos muitos restaurantes ou fazer uma ou outra compra (perdíamos facilmente a cabeça na lojinha de brinquedos ou na outra cheia de objectos de inspiração náutica, só assim a título de exemplo). À hora de almoço, seguimos o cheirinho das beef pies with mashed potatoes, pedimos uma caixinha para levar e fomos procurar um sítio abrigado da chuva onde pudéssemos almoçar sossegadas e sentadas, de preferência. Assim descobrimos, à conta de tanto deambular à volta dos mercados, mais umas quantas ruas encantadoras e lá conseguimos saborear a nossa tarte descansadinhas e sentadas nuns degraus - um piquenique improvisado que nos soube pela vida, provando que não precisamos de muito para sermos genuinamente felizes.
No Soho, um dos mais boémios, liberais, plurais e empolgantes bairros da cidade, poderíamos passar horas, senão mesmo dias inteiros. Já não sei onde li a frase-slogan seja lá o que procura, encontrará no Soho, mas parece-me ser um bom resumo do que se pode esperar daquele recanto londrino. Restaurantes, bares, discotecas, pubs, padarias, confeitarias, lojas mais ou menos alternativas, teatros, casinos, bancas de fruta e produtos orgânicos - ali há de tudo um pouco para os mais variados gostos e carteiras. Durante o dia, as ruas têm um ambiente descontraído e ecléctico, com pessoas às compras, a almoçar, a tomar um cappuccino ou a saborear um happy hour num dos muitos estabelecimentos que há à disposição, tornando a escolha um jogo de sorte ou de conhecimento comprovado. À noite, diversas tribos urbanas convivem alegremente em restaurantes apinhados, filas de espera nos bares mais badalados ou em deambulações animadas pelas ruas. A Chinatown é também um ponto de paragem obrigatório para quem gostar de (bons) sabores asiáticos, transportando-nos imediatamente para paragens mais longínquas e relembrando-nos a cada passo que estamos numa das capitais mais cosmopolitas do mundo.
Um dos momentos de pura alegria que vivemos foi a ida à M&M's World, a mega loja dos amendoins achocolatados mais famosos do mundo e uma das pouquíssimas lojas onde nos permitimos entrar. Quem nos conhece, sabe da nossa paixão por estes coloridos amendoins, não apenas porque gostamos mesmo muito de os comer, mas também porque fazem um pouco parte da história da nossa amizade. Como boas homónimas que somos, Marianas de alma e coração, passamos a ser conhecidas como as M&M entre familiares e amigos - uma dupla imbatível que percorreu os quatro andares da meca londrina dos amendoins como se aquilo fosse a última coca-cola do deserto, fingindo ser outra vez pequeninas e tentando conter a gula perante milhares de amendoins de todas as cores possíveis e imaginárias.
Se a ida a Londres não tivesse servido para mais nada, tínhamos regressado de lá com a certeza de termos sorrido mais naqueles curtíssimos dias e dado as mais sonoras gargalhadas dos últimos anos. Só por isso já teria valido a pena. Isso e a convicção de que um pouquinho de ridículo nunca fez mal a ninguém.
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