A necessidade urgente de mudança. A vontade imensa de concretizar sonhos-projectos. A constância exigida para levar a bom porto o objectivo traçado.
Tudo isto enquanto me tento reencontrar. A força que me falha constantemente. A energia gasta com problemas alheios. O Inverno que nunca mais acaba. O corpo que suplica por dias mais amenos. Os dias que passam, rotineiros, sem as novidades tão ansiadas. A frustração que aumenta. A tristeza que se cola à pele, aos cabelos baços, às olheiras. A tristeza que dói em cada músculo. A angústia que me consome por inteiro, sempre que me descuido. O sorriso nem sempre conseguido.
A urgência em voltar a escrever. Os pensamentos que se atropelam e as palavras que não saem, uma incapacidade que dura há demasiado tempo. O desamor por cada palavra escrita, o medo de ter perdido a minha voz para sempre.
Os anos que passaram e que deixaram ainda tanto sofrimento, tantas pontas mal resolvidas, tantas dúvidas. A vida que não é fácil mas que não tem que ser sempre cinzenta. Agarrar-me aos meus, às coisas boas que temos. Reconhecer que sou uma privilegiada, em tantos, mas tantos aspectos. Fazer as pazes com a morte, outra vez. Agarrar a vida.
Pyxis, a bússola. O meu norte pode também estar a sul e errância por vezes é sinónimo de raíz.
(Obrigada, minha Pequenina. Somos uma dupla imbatível e eu tenho o logótipo mais bonito.)
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