15 de janeiro de 2011

I'm feeling like Woodstock today.

I need a hug.

Bolas para a otite, a gripe, o vírus esquisito, a febre, as dores no corpo, o nariz entupido, as dores de cabeça, as tonturas, os medicamentos, a falta de paladar e de olfacto, os lenços de papel, o termómetro, os arrepios de frio, os suores a meio da noite, os chás e as mezinhas caseiras. Estou cheia do Inverno, dos dias pequenos, da chuva, do frio, do nevoeiro cerrado, dos cachecóis, gorros, golas, luvas e afins, dos pés gelados, das mãos sempre frias, da pele gretada, do cieiro. 
Quem me conhece sabe que sou mais uma summer person. Preciso do sol, de fazer a fotossíntese, do calor, dos dias de praia, das tardes longas e das noites sem fim, dos piqueniques, dos churrascos, dos refrescos, dos gelados, das roupas leves, das talhadas de melancia em bancos de jardim, das havaianas nos pés. Quem me conhece sabe também da minha teoria de que o Outono e o Inverno deveriam ter um mês cada um - Novembro e Dezembro, por exemplo. A seguir às Festas, arrumávamos as golas altas e os casacos compridos juntamente com a árvore de Natal e o presépio e passávamos os restantes dez meses entre dias primaveris, de um calor ameno, tardes de esplanagem, muitas flores e borboletas, e dias de calor tórrido, daqueles bem preguiçosos, em que só apetece uma cama de rede, uma sombra, uma boa companhia e vontade de fazer coisa nenhuma.
Dias cinzentos deixam-me com uma neura daquelas à Budapeste (sim, qualquer dia vai constar da lista oficial de neuras e vai ser estudada nos cursos que se debruçam sobre essas matérias), o frio e a falta de sol conferem à minha tez copo de leite magro um aspecto ainda mais transparente e Janeiro, para mim, é sempre o mês mais longo do ano, pelos mais variados motivos.

Sabe bem o carinho da família e dos amigos quando estamos doentes, a sopinha da mãe, os chás no sofá, as receitas de mezinhas infalíveis que vamos experimentando para não decepcionarmos quem nos quer bem e se preocupa verdadeiramente connosco. Mas o que me apetecia mesmo neste momento era um daqueles abraços bem apertados depois de um longo dia de praia, as peles salgadas, o cheiro a maresia no cabelo e a promessa de um jantar a olhar as estrelas, depois de um bom banho (quase) gelado.

2 comentários:

Moony disse...

A lots of hugs, and more hugs...and HUGS....BIG HUGS, ALL KIND OF HUGS*

ly*

Mar* disse...

Os teus abraços são os melhores do mundo minha irmã...sempre.

ly too*