6 de março de 2010

Exercício terapêutico,2


Casas antigas. Chão de madeira. O Bolo de Prata da Tia B. . Camas de rede na varanda. O meu quarto em V. . Camas de ferro pintado de branco. Mantas de Patchwork. Beijos no pescoço. Fazer cafunés no D. . Ouvir o D. pedir para lhe fazer cafuné no cabelo. O pão feito pela Ji. Pão quente com manteiga. Marmelada e compotas caseiras. Lanches à volta da piscina. Refresco de café com muito gelo e limão. Bolas de Berlim na praia. Gelados em Itália. Pizzas em Itália. A luz de Roma. O cheiro das salas de aula do Colégio. Berlim. Viajar. Estações de serviço. O calor da lareira. Chá quente no Inverno, chá gelado no Verão. Chocolate quente bem espesso. Churros e farturas. A noite de S. João. Lançar balões. Capuccinos. Veneza. Dançar com a nossa pequena mascote e a Mary Mary. Observar as estrelas. Mexer na areia. Tomar banho de mangueira. Enfeitar a casa pelo Natal. Rabanadas. O cheiro doce da canela. Dar presentes. Um bom vinho. Vinho do Porto. A Ribeira do Porto. A Baixa de Lisboa. Os lanches com o avô C. no Ceuta, no Bom Dia, no Orfeu. Os éclairs da Quinta do Paço. Os lanches mistos e os biscoitos da Ribeiro. Os croissants da Doce Mar. As palmeiras e o mini-golfe do Passeio Alegre. A pérgula da Foz. O Ourigo. O Homem-do-Leme. A Praia dos Ingleses. Miramar. Aguda. Granja. Viajar de comboio. A estação de S. Bento. Peixe grelhado. Marisco. Os chiringuitos na praia. Roquetas de Mar, antes da invasão de turistas. Granada e o Alhambra. O calor insuportável de Sevilha. Caipirinhas bem feitas. Ir ao cinema com os miúdos. Ir ao cinema com a minha irmã. Ver filmes antigos. Comprar livros em saldo. Cozinhar porque me apetece. Fondue de chocolate. Ver TV com a minha mãe. Ir às compras com a minha mãe. O Majestic e o Guarani. Aquele 5º andar na Rua de Aviz. Ouvir falar alemão. Ouvir falar italiano. Falar alemão e italiano. As sobremesas e os bolos da V. O Bom Jesus com os F. Barcos à vela. Velejar. Fotografia. Fotografar. Laboratórios fotográficos. Jogar Trivial. Jogar às cartas com o R. e vê-lo fazer batota o tempo todo. Jogar bilhar. Ler a duas vozes com a minha irmã. Quase ir parar à Polónia por engano com a S., numa noite gelada de Fevereiro,  e ainda assim ter vontade de rir. Feirar. Fazer esplanagem e observar atentamente quem me rodeia, inventando vidas. Roupa nova. Roupa antiga encontrada nos armários de família. Castanhas assadas com mel. Castanhas cozidas com muita canela. O cheiro do fumeiro. Alheiras com grelos e ovos mexidos. Os chabianos da G. . A sopa de cação da minha mãe. Beijos na testa. Abraços apertados. Dormir de mão dada. Espreguiçar na cama. Ficar na ronha uma manhã inteira. Batatas fritas com ketchup e molho cocktail de madrugada. Dormir em conchinha com a minha irmã. Subir ao Castelo de Algoso. O horizonte de Pereiras. O rosto do D. e do R. . A sala de casa dos meus avós. A mesa grande e as cadeiras de palhinha de casa dos meus avós. A colecção infindável de coelhos de todos os tamanhos, materiais e feitios da avó A. . A minha colecção de bonecas-do-mundo herdadas da madrinha E. . Lenços e écharpes. O meu núcleo duro e os amigos-família.


Continuo doente. Muito chá quente com mel, manta e sofá. Amanhã talvez volte à terapia, que bem ando precisada e, cá para mim, faz mais efeito do que aqueles comprimidos que tenho que engolir de 8/8 horas. Também ando amuada com o S. Pedro, mas isso é outra história!

3 comentários:

Unknown disse...

Oh Cunhada!

Que se passa? Espero que a ''doenca'' passe depressa!

Bj para todos e da noticias

Ana

Merenwen disse...

os teus olhos azuis de mar, imensos. Um olhar que compreende. Escrever cartas, receber cartas tuas, com green eyes escrito no envelope. Os serões na De la Palma só para ver Rafaello servir-nos gelado. Ficarmos felizes com uma história inventada e imaginada, colar um bilhete com pastilha elástica na moto dele, que ele nunca encontrou, mas que nos divertiu. Planear viagens. Reencontros. Abraços. Sorrisos cúmplices que mais ninguém sabe a razão. Sgredos partilhados. Conversas em código, indecifráveis. Limão com mel fervido para a garganta. Espero que um bocadinho mais de terapia ajude! ;) A melhoras rápidas!

Mar* disse...

Oh minha cunhada...a doença física está a passar, a do espírito vai demorar mais um bocadinho, mas também lá vai (até porque vaso ruim não quebra!!!).

Fiquei sem perceber se chegaste a receber o meu novo e-mail...de qualquer forma aqui fica: mariana.veloso714@gmail.com (continuo à espera das famosas fotos!)

Quando vens de novo à terrinha?

Bj grande para ti e para o teu excelentíssimo esposo*

Minha S.,

fazer-me chorar antes do almoço é sacanagem! A tua terapia ajudou e muito...tenho muitas saudades desses momentos todos, mas é uma saudade boa.

Tenho saudades tuas também ragazza!

Bj enorme*