Será sempre o meu menino.
No dia em que nasceu, com apenas algumas horas de vida, agarrou-se ao meu dedo como se disso dependesse a existência de ambos. Para mim foi amor à primeira vista, completamente embebecida debruçada sobre o berço.
Não, minto! Eu amei-o no dia em que soube que vinha a caminho e anseei-o quase como se de um filho se tratasse.
Há quem diga que tem um feitio demasiado parecido com o meu - infelizmente, acrescentam sempre baixinho.
Eu percebo-os! Pessoas como nós sofrem de maneira diferente (não diria que sofremos mais, apenas de uma forma mais complexa), somos mais sensíveis, mais complicados, mais exigentes connosco próprios. Contudo, temos o privilégio de ver a vida com outros olhos, quase sempre olhamos para as coisas como se fosse a primeira vez e isso confere-nos uma certa inocência ao olhar. Inocência, não ingenuidade!
Percebo nele algumas carecterísticas e gostos que também vejo em mim. Gosto de pensar que tive alguma coisa a ver com isso, como se as horas que passei com ele a ver filmes, todas as brincadeiras que inventei para o entreter, tudo o que lhe disse desde o dia em que o tive no meu colo pela primeira vez o tivessem de alguma forma moldado e influenciado.
Agora já não tem medo do escuro nem de ver o E.T. . Terá outras coisas que o atormentam e o fazem acordar durante a noite.
Está crescido, um arrasa-corações de sorriso enigmático que faz as meninas ficarem com o coração aos pulos.
Tem pinta e jeito de artista, com capacidades para fazer e ser o que quiser nesta vida. Tenho a certeza de que encontrará o seu caminho, sempre!
Eu cá estarei na primeira fila a vê-lo crescer ainda mais, com os olhos cheios de lágrimas e completamente embebecida e cheia de orgulho, como desde aquele primeiro dia da vida dele, há quase 18 anos.
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Prima Babada (1)
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