no tempo em que éramos felizes não chovia.
levantávamo-nos juntos, abraçados ao sol.
as manhãs eram um céu infinito. o nosso amor
era as manhãs. no tempo em que éramos felizes
o horizonte tocava-se com a ponta dos dedos
as marés traziam o fim da tarde e não víamos
mais do que o olhar um do outro, brincávamos
e éramos crianças felizes. às vezes ainda
te espero como te esperava quando chegavas
com o uniforme lindo da tua inocência. há muito
tempo que te espero. há muito tempo que não vens.
levantávamo-nos juntos, abraçados ao sol.
as manhãs eram um céu infinito. o nosso amor
era as manhãs. no tempo em que éramos felizes
o horizonte tocava-se com a ponta dos dedos
as marés traziam o fim da tarde e não víamos
mais do que o olhar um do outro, brincávamos
e éramos crianças felizes. às vezes ainda
te espero como te esperava quando chegavas
com o uniforme lindo da tua inocência. há muito
tempo que te espero. há muito tempo que não vens.
- José Luís Peixoto -
* Inês Pedrosa
1 comentário:
"O mar é sempre fiel se o mantivermos gravado na altura devida. Como o amor, se o mantivermos na memória, na devida altura"
Armando Silva Carvalho
Podes continuar a deixar poemas...
M*
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