13 de julho de 2012

Insónia vs The Newsroom.

The Newsroom - foto de Annie Leibovitz

Estou de volta às noites passados em claro, ao ver passar as horas lentamente ao longo de noites compridas e silenciosas e, esta é mesmo a pior parte, a dias tirados a ferros das profundezas de mim mesma, tal é o estado zombie em que me tenho vindo a arrastar. A maior parte das noites deixo-me estar a vegetar em estado quase letárgico, vencida pelo cansaço (mas sono profundo e retemperador já quase me esqueci como é), na expectativa de adormecer a qualquer momento, o que não acontece quase nunca. 
Contudo, há noites em que a fadiga se traduz numa estranha energia, que me impele a fazer qualquer coisa de útil, a aproveitar as horas roubadas ao sono por este ciclo vicioso de noites perdidas. Normalmente pego no livro do momento e dou uma adiantada na leitura, outras vezes tento despachar algum trabalho pendente, faço pesquisas na net sobre temas que me interessam ou procuro diminuir a lista de filmes/séries por ver. 
Há já uns dias que tinha o primeiro episódio em stand by à espera de tempo livre e/ou disposição, depois de ter lido críticas favoráveis vindas de pessoas cujas opiniões prezo e que não costumam andar muito longe das minhas. Resolvi dar-lhe uma oportunidade e não poderia ter tomado uma decisão mais acertada. A temática interessa-me, o nome Aaaron Sorkin fez-me elevar ainda mais as expectativas e o elenco deixou-me curiosa. Vi os três primeiros episódios de rajada e foi uma lufada de ar fresco: excelente elenco, bem escrita, diálogos inteligentes, personagens interessantes e bem estruturadas, ritmo promissor e empolgante. Em suma: ficção muito bem feita, daquela que nos deixa a pensar e a remoer certas cenas e diálogos durante as horas e dias que se seguem. Tem tudo para dar certo, se assim se souberem conservar. E para revolucionar o mundo das séries televisivas e pôr-nos a pensar e a debater assuntos verdadeiramente importantes. Mal posso esperar pela madrugada de 2ª feira e, apesar de ter apenas passado pelas brasas durante um par de horas, amanheci com uma vontade renovada de seguir em frente, seja qual for o caminho.

Sem comentários: