The Beginners é um filme delicioso. Uma melancolia triste e algo atrofiada que se transforma numa ode à vida e ao amor, mas, acima de tudo, à verdade. Ser fiel a si mesmo, ser verdadeiro consigo próprio e conseguir viver serenamente com essa verdade é das coisas mais difíceis que há na vida.
The Beginners
The Descendenst é um filme honesto, sem pedantismos, pretensiosismos ou imposição de qualquer espécie. Encontramos nele algumas questões e valores que ainda regem as sociedades mais conservadoras - a família, acima de tudo, as suas tradições e legados, a fidelidade e a forma como as relações, amorosas e as outras, se constroem. O luto e a capacidade que todos temos de nos regenerarmos e seguir em frente, assim como a aceitação da vida como ela é, com todas as suas imperfeições e obstáculos conferem-lhe um humanismo que nos liga à nossa própria realidade e condição de ser humano mortal.
The Descendents
Ambos os filmes, não sendo alegres, são filmes felizes, esperançosos. Talvez não sejam oscarizáveis, embora já outros piores tenham levado a estatueta e outros muitíssimo superiores não tenham chegado sequer perto dela. Mas estes dois caíram-me no goto e já moram no meu acervo afectivo. Para além disso, Christopher Plummer é um senhor, o escocês continua lindo de morrer, a Mélanie é um charme e o Clooney, não sendo um actor brilhante, é muito mais do que o homem do café e o quebra-corações do serviço de urgências. Quanto às miúdas King, atentai no nome delas, pois acho que ainda vão dar que falar.
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