11 de novembro de 2010

A new beginning is just another new beginning's end *

Estou a precisar de toda a minha coragem para me reinventar, outra vez. Não tem sido fácil. Há sempre algo que se tem que deixar para trás. Mas acredito que, se o conseguir fazer, os dias que virão serão mais cheios, mas completos e mais serenos. Só preciso de não ter medo de voar, pois as asas há muito que estão abertas. O que assusta é sempre a descolagem, aquele primeiro salto no vazio. Depois é analisar as correntes e encontrar a melhor rota. O resto vem com o tempo e a persistência. 

Os dias andam cinzentos, os rostos das pessoas fechados, há um pessimismo generalizado e poucos são os que acreditam que as coisas possam melhorar. Eu acho que é nos momentos de adversidade que encontramos forças que nem sabíamos possuir, acredito que por vezes é preciso bater no fundo para se conseguir o impulso necessário para voltar a subir. Basta-me olhar à volta para ver gente com talento e cheia de vontade de arregaçar as mangas. Basta deixá-las e não lhes cortar as asas. O resto é com elas. Sei-as munidas das ferramentas necessárias: vontade, capacidade e espírito construtivo. 

Talvez (acham os outros) tenha uma certa tendência para ver o copo meio cheio, quando tudo parece indicar precisamente o contrário. Enganam-se. Não é sempre assim. Grande parte do tempo vejo-me envolta num nevoeiro cerrado, sem conseguir ver um palmo à minha frente. Acontece que não estou preparada, nem quero, desistir. Acredito que as coisas podem melhorar, se todos fizermos por isso, cada um a sua parte. 

Sei que tenho mais para dar do que aquilo que tenho dado e, certamente, não serei a única. Há que voltar a sonhar, a acreditar que se consegue, quando se luta por isso. Se é certo que ninguém muda o mundo sozinho, sou daquelas que ainda acredita que cada um de nós tem a capacidade de mudar o mundo à sua volta. Aquele pequeno mundo onde nos movemos diariamente - casa, família, trabalho, amigos, vizinhos. 

Há que não ter medo de arriscar, mas, acima de tudo, há que não ter medo de sermos nós mesmos. Não baixar os braços, não desistir nunca e não embarcar no sistema, se este não nos convier ou com ele não estivermos de acordo. Nem que para isso tenhamos que aguentar ser chamados de loucos, sonhadores ou optimistas, como se isso fosse uma doença contagiosa de que é preciso protegerem-se.

Não estou preparada para desistir daquilo em que acredito. Acho que não vou estar nunca. Sei que há outras formas tão ou mais válidas de ver o mundo e que o céu se pode pintar de uma infinidade de cores. Chamem-me o que vos apetecer.

* Or an other opportunity to make it right.

1 comentário:

Moony disse...

chamo-te... Mar, that's all

ly *