2 de maio de 2010

Saudades...*

... da tua gargalhada, que enche todos os sítios; dos livros lidos à beira da piscina; dos banhos de sol; dos passeios na Foz; dos croissants e das ferraduras de chocolate da Padaria Formosa; das conversas noite dentro; da observação das estrelas; das viagens; da festa e do baile no I.O.;  das férias em Vimioso; dos fins-de-semana prolongados em Olhalvo; das idas a Alenquer; do óleo de amêndoas doces; das confidências; de nos acabarmos na pista de uma discoteca; de termos que despir o P. depois dele ter bebido demais; de chorar amores e desamores no teu ombro; do teu quarto-sotão; do anexo no jardim; de viajar quase 5h (comboio+autocarro) de Bolo Moca da Esquina Doce no colo, só para ver o teu sorriso e o da V.; dos passeios por Lisboa; daqueles dias no Funchal; do teu rosto quando te viste rodeada de orquídeas por todos os lados; dos nossos jantares; de gelatina em copo; de vermos filmes-pipoca esparramadas no sofá e rirmos e chorarmos com a mesma facilidade; dos nossos planos; daquele abraço no aeroporto numa das despedidas mais complicadas da minha vida; daquela noite na Vespas; de groselha gelada; de te ver nadar debaixo de água e ouvir-te dizer diz lá se não sou a tua orca preferida?!; das mensagens via BIP, numa altura em que ainda nem sonhávamos em ter telemóvel; das chamadas à meia-noite da Passagem de Ano; das tuas histórias de amor mirabolantes; do fascínio comum pelo fenómeno da aurora boreal (um dia ainda o vamos observar juntas, não te esqueças!); das flores que me oferecias sempre que ficava doente; dos almoços lá em casa em dias de aulas; das tuas perninhas de frango assadas; das sobremesas de iogurte; das massagens da V.; das risotas e das parvoíces; das cantorias; das ida ao cinema; dos preparativos para o Natal; dos postais trocados; de te gozar pela tua panca pelo DiCaprio (vá, o moço cresceu um bocadinho entretanto e já não tem aquela carinha de imberbe da fase Titanic!); de vermos desenhos animados; de jogar cartas; dos nossos cafézinhos; da forma como te movimentavas cá em casa, completamente em casa e à vontade; das tuas palavras e conselhos, sempre certeiros; dos teus telefonemas quando sabias que estava à espera do comboio e ainda teria mais quase 1h e meia de viagem até chegar a casa; das nossas conversas sérias, profundas e transformadoras; do abraço que tarda; da minha amiga...tuas!

*Nas últimas noites estiveram luares fantásticos, de uma lua redonda e luminosa, como tanto gostamos. Um dia dissemos que, enquanto a lua aparecesse no céu, nunca nos esqueceríamos uma da outra. Não preciso de a observar para me lembrar de ti, mas nestes últimos dias tens estado mais presente do que nunca.
Apesar de todos os silêncios e distâncias, eu estou aqui e vou estar sempre... estarei à tua espera, até quando te sentires pronta.

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