Ali então em pleno mundo antigo
À sombra do cipreste e da videira
Olhando o longo tremular do mar
Num silêncio de luas e de trigo
( Como se a morte a dor o tempo e a sorte
Não nos tivessem nunca acontecido )
Em nossas mãos a pausa há-de poisar
Como o luar que poisa nas videiras
E em frente ao longo tremular do mar
Num perfume de vinho e de roseiras
A sombra da videira há-de poisar
Em nossas mãos e havemos de habitar
O silêncio das luas e do trigo
No instante ameaçado e prometido
E os poemas serão o próprio ar
- Canto do ser inteiro e reunido -
Tudo será tão próximo do mar
Como o primeiro dia conhecido.
- Sophia -
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