« (...) Da Rua do Arsenal, com os armazéns de Secos e Molhados e as línguas de bacalhau à porta, a cheirar a sal e maresia, até ao Museu de Arte Antiga, viajava-se no tempo, e no jardim do Museu, depois de ter admirado a Custódia de Gil Vicente, os Painéis de Nuno Gonçalves com aquele Infante falso e enigmático e aquela gente rude, argamassa de povo e de reis como no poema da Sophia, e os Biombos Nambam com os portugueses desembarcando nos japoneses, ficava-se ensimesmado com tanta grandeza e tanta história e tanta coragem e tanta raça, deixando a bica escaldada a arrefecer e o cigarro a queimar os dedos. Fumava-se, naquele tempo. »
- Clara Ferreira Alves - para continuar a ler aqui!
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